As hérnias abdominais são um problema comum que afetam entre 3 e 8% dos brasileiros, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Acontecem, em geral, porque parte do intestino se desloca por entre o músculo e gera uma protuberância na região.
A hérnia incisional ocorre após a parede abdominal ficar enfraquecida, em decorrência de uma cirurgia anterior, associada a alguma pressão abdominal por obesidade, tosse crônica ou exercício físico intenso.
O único tratamento definitivo é cirúrgico, com o objetivo de reposicionar as vísceras e reforçar os músculos com uma tela sintética. O procedimento não deve ser adiado, pois pode haver complicações como o estrangulamento da hérnia, uma situação considerada de emergência com risco de morte.
A cirurgia pode ser feita por método aberto (tradicional) ou por laparoscopia. Fatores como o tamanho da hérnia, doenças preexistentes e a preferência do indivíduo acometido são determinantes para a escolha da técnica mais adequada.
Cirurgia aberta
A operação é feita com anestesia geral, anestesia peridural ou raquidiana. O tamanho do corte depende de vários fatores, como o tamanho da hérnia. Normalmente a incisão varia entre 10 e 15 centímetros.
O cirurgião empurra as vísceras para o seu local de origem, fecha a fenda com pontos e acrescenta a tela protetora, normalmente feita de um material resistente e com boa tolerância do organismo.
O indivíduo tem alta hospitalar em, aproximadamente, 48 horas e deve evitar esforço físico por um período de 10 a 15 dias. No período pós-cirúrgico usam-se analgésicos e anti-inflamatórios. Após um mês do procedimento, é possível fazer atividades físicas.
Cirurgia laparoscópica
Trata-se de um procedimento minimamente invasivo, realizado com anestesia geral e quatro pequenos furos de até um centímetro. Em um deles o especialista insere uma microcâmera, para acompanhamento por vídeo, e nos outros, são manuseados os instrumentos cirúrgicos.
É o método mais adotado para hérnias incisionais, pois preserva mais os tecidos abdominais. Além disso, permite uma recuperação mais rápida. A alta pode ocorrer no mesmo dia. O indivíduo apresenta menos dor e pode voltar às atividades normais em uma semana. Como as incisões são menores, as cicatrizes podem ficar imperceptíveis.
Cirurgia de emergência
O ideal é que esse procedimento seja planejado e realizado o mais breve possível. Quando o inchaço na região da cicatriz vem acompanhado de dor forte, vermelhidão, náuseas e vômitos, pode ser indício de que a hérnia está encarcerada e que o tecido estrangulado está deixando de receber fluxo sanguíneo. O risco de inflamação, perfuração e necrose é alto. Por isso, o indivíduo deve ser submetido a uma cirurgia de emergência.
Orientações pós-operatórias
Ambos os métodos têm um baixo índice de recidiva e de complicações. O desconforto pós-operatório costuma ser tolerável, mesmo para o caso de cirurgia aberta. O médico deve ser informado, após alta hospitalar, se houver febre alta, sangramento, inchaço volumoso, náusea, vômito, calafrio, tosse, falta de ar, secreção, vermelhidão, ardor no local das incisões ou se a dor não passar com as medicações.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.
Fiz uma hernioplastia insisional faz 15 dias já retirei os pontos só q ainda sai secreção e tem um calombo um pouco acima do corte q é bem dolorido... o q será isso? Será q sai com o tempo?
Na cirurgia de hérnia incisional há risco de precisar usar bolsa de colostomia?