Também chamada de hernioplastia, visa corrigir a alteração na musculatura e/ou aponeurose (capa que reveste os músculos), defeito que causa hérnia abdominal. O processo de intervenção funciona assim: por meio de pontos cirúrgicos ou de colocação de telas – parece uma “rede”, feita de material orgânico e/ou sintético – interrompe-se a formação de tecido cicatricial (fibrose). Causa pouca ou nenhuma reação indesejada ao organismo. Atualmente, já é possível acomodar essa tela sem cortes, através de laparoscopia.
Demanda anestesia peridural ou raquidiana (aplicada nas costas; tira a sensibilidade dolorosa do ponto de aplicação para baixo) e sedação. Demora, em média, uma hora, a depender da localização e do tamanho da hérnia.
Pode acontecer de o efeito da anestesia levar algumas horas para desaparecer e o paciente não sentir, momentaneamente, as pernas. Quando a sensibilidade estabelecer-se, é possível levantar-se. Atualmente, não é mais preciso permanecer deitado por 24 horas para evitar dores de cabeça. De modo geral, a pessoa recebe alta hospitalar um dia depois do procedimento médico.
Recomenda-se repouso de uma semana, em média, e evitar carregar peso ou fazer esforço físico – academia, por exemplo, só depois de um mês. O retorno às atividades rotineiras é aconselhado após o período de 15 dias.
Mas, afinal, o que causa hérnia abdominal?
No caso de adultos, possíveis causas envolvem obesidade, gestações múltiplas, ascite (líquido na cavidade abdominal), bem como cirurgia abdominal anterior. Pode ocorrer em crianças também (predomina entre bebês prematuros e aqueles com baixo peso ao nascer), no entanto, ainda não se sabe ao certo o motivo. Afeta mais mulheres do que homens, principalmente na faixa dos 50 ou 60 anos.
O anel umbilical – formado por músculos e outros tecidos, no local em que o cordão umbilical se liga ao corpo do feto – se fecha antes de o bebê nascer. Se os músculos não se unem completamente na linha média do abdômen, pode provocar o surgimento de hérnia umbilical, após o nascimento ou mais tarde.
Quais os sintomas? Sempre será necessária a herniorrafia umbilical?
As hérnias umbilicais raramente são maiores do que 2,5 cm de diâmetro. A maioria das crianças não sente dores na região. Nos pequenos e nos adultos, o sintoma principal é o inchaço ou protuberância na parte do umbigo. São facilmente percebidas quando o bebê está chorando, rindo ou esforçando-se para usar o banheiro.
Sempre procure orientação médica quando perceber dores perto do umbigo, se ocorrer vômitos e a barriga ficar inchada ou descolorida (tanto em crianças quanto em adultos). Atente-se a quando os sinais começaram, se eles são contínuos ou ocasionais, se pioram ou melhoram quando alguma ação acontece (agachar, deitar, pular).
O profissional realizará o diagnóstico por meio de observação da aparência do umbigo verificando, assim, forma e tamanho da hérnia. Não se assuste se o médico apertá-la e/ou puxá-la.
Por enquanto, somente a herniorrafia umbilical é eficaz para tratar este problema. Qualquer outro recurso poderá, no máximo, atenuar os sintomas. Sem o tratamento adequado, a doença tende a progredir e corre o risco de exigir cirurgia de urgência.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.