O revestimento do intestino, normalmente, é tão suave quanto a parte interna da boca. O crescimento anormal da mucosa desse tecido pode gerar pólipos, pequenas estruturas com variadas formas, de uma pequena elevação até um cogumelo protuberante.
O tamanho dos pólipos varia de 1 a mais de 25 milímetros de diâmetro. São, geralmente, de dois tipos: adenomatosos e hiperplásicos. O tipo de pólipo é baseado na sua aparência sob o microscópio.
Pólipos adenomatosos são um tipo que pode sofrer alterações malignas e evoluir para um adenocarcinoma (câncer), enquanto pólipos hiperplásicos raramente representam uma preocupação de malignidade.
Existem, ainda, os pólipos inflamatórios, geralmente associados à colite ulcerativa ou à doença de Crohn, e os pólipos hamartomatosos, que costumam se manifestar em crianças.
Todos os tipos de pólipo apresentam risco de se transformar em um adenocarcinoma intestinal. O artigo a seguir aborda os principais sintomas e tratamentos para essa condição.
Sintomas comuns
Os pólipos não causam sintomas, na maioria das vezes. O que pode ocorrer é a ocorrência de pequenas quantidades de sangue e muco nas fezes. O sangramento não provoca dor, mas pode durar meses e causar anemia por deficiência de ferro.
Outros sintomas são dor abdominal, diarreia com muco e prolapso do pólipo — quando o pólipo fica parcialmente aderido ao reto enquanto ainda está preso à parede do intestino grosso.
Causas
Os pólipos acometem o intestino grosso, em 15% a 20% da população. Assim, são muito comuns. Não se conhece a causa exata dos pólipos intestinais, mas a crença comum é de que eles sejam resultado de diversos fatores genéticos e ambientais associados. Além disso, mutações genéticas nas células da mucosa intestinal podem dar origem a eles.
O indivíduo pode estar mais propenso a desenvolver pólipos intestinais se:
um membro da família teve pólipos intestinais ou câncer de intestino;
tem uma condição que afeta o intestino, como colite ou doença de Crohn;
está com sobrepeso ou fuma.
Relação entre pólipos e câncer
Os pólipos, geralmente, não se transformam em câncer, mas a chance é maior para os pólipos adenomatosos. Por isso, eles precisam ser removidos. No entanto, poucos pólipos evoluirão para câncer e levará muitos anos para que isso aconteça. Assim, é preciso estar vigilante e fazer check-ups periódicos.
Tratamento
Existem vários meios de tratamento para os pólipos. O procedimento mais comum é a remoção física do pólipo por colonoscopia.
Em casos raros, podem demandar remoção cirúrgica de parte do intestino. Geralmente só é feita quando o pólipo tem alterações celulares, se é particularmente grande ou se há muitos pólipos.
Depois que o pólipo ou os pólipos forem removidos, eles devem ser testados para verificar ocorrência de alguma alteração cancerosa. Se um adenocarcinoma for detectado, um tratamento adicional pode ser necessário, dependendo do grau e da extensão do câncer.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto.